Saúde Auditiva: Por que você não pode deixá-la de lado?
No Brasil o assunto saúde ainda é tratado como um tabu por muitos. Por incrível que pareça, há quem diga que ir ao médico é sinônimo de procurar doença. Por outro lado, quem se preocupa com esse aspecto da vida sabe que todo o cuidado relacionado à saúde é de extrema importância. Portanto o tratamento da Saúde Auditiva não deve ficar para trás.
Algumas pessoas pensam que surdez é sinônimo de velhice e que acomete apenas os membros da faixa etária da melhor idade. Mas isso não é verdade, a surdez pode atingir pessoas de qualquer faixa etária.
Para se ter uma ideia, hoje, os jovens estão mais suscetíveis à perda auditiva, e um dos motivos é, por exemplo, o mal-uso dos fones de ouvido. Enquanto os Decibéis (Db) recomendados o estão na faixa dos 85, nota-se que os jovens utilizam os fones de ouvido entre 92Dbs e 109Dbs, o que ocasiona a degeneração das células sensoriais da audição ou do nervo auditivo.
Logo os primeiros passos para manter a qualidade da sua saúde auditiva é prestar grande atenção no volume dos fones de ouvido. Evite ficar muito próximo as caixas de som e fazer uso dos protetores auriculares sempre que estiver em ambientes com muitos ruídos.
É importante concentrar-se na saúde auditiva desde os primeiros dias de vida do recém-nascido. Fazer o Teste da Orelhinha, manter as vacinações sempre em dia e acompanhar o desenvolvimento do bebê.
O Viver Aparelhos Auditivos separou algumas questões que podem surgir se você negligenciar a sua saúde auditiva, atente-se a lista e não esqueça de marcar um check-up hoje mesmo!
Perda Auditiva e Atrofia Cerebral
Muitos de nós não lembramos que a audição é, na verdade, uma função cerebral. Claro, seus ouvidos são as partes que captam o som, mas é o cérebro que traduz esses ruídos, barulhos, vozes ou músicas em sons reconhecíveis.
Novos estudos da Comissão Lancet e da Universidade de Wisconsin-Madison indicam que tratar sua perda auditiva pode ser uma maneira de diminuir o risco de desenvolver atrofia cerebral em idosos. Assim também diminuem o risco de desenvolver demência ou doença de Alzheimer.
Saúde auditiva x aumento do Risco de Quedas
Um estudo conduzido pela Escola de Medicina John Hopkins e pelo Instituto Americano do Envelhecimento, determinou que mesmo um caso leve de perda auditiva é capaz de triplicar o risco de quedas acidentais. Os especialistas são capazes de afirmar ainda que tal risco aumenta em 140% para cada dez decibéis de perda auditiva.
Aumento da Fadiga Auditiva
Pesquisadores da Universidade de Vanderbilt descobriram recentemente que aqueles com perda auditiva neurossensorial (de intensidade leve a severa) tiveram melhores tempos de reação quando usavam seus aparelhos auditivos.
Se você percebe que seus dias estão sendo mais cansativos do que o normal e seu médico afirma que seus exames estão bons e saudáveis, vale a pena agendar uma consulta com um Médico Otorrinolaringologista ou Fonoaudiólogo. A explicação para você estar mais cansado é simples, seu cérebro pode estar trabalhando mais para captar e entender o som em seu ambiente. A perda auditiva pode estar, literalmente, desgastando você, esse tipo de cansaço é chamado de Fadiga Auditiva.
Desafios em Relacionamentos
Um estudo organizado e conduzido pela instituição ‘Cochlear America’ mostrou que as pessoas com perda auditiva são as que mais sofrem em relacionamentos, logo depois são listados os familiares, os amigos e os colegas de trabalho.
O estudo considerou ainda o efeito das emoções negativas, normalmente sentidas como resultado da perda auditiva, entre elas estão: frustração, ressentimento, solidão, isolamento social, dificuldades de comunicação, redução de atividades compartilhadas, perda de companheirismo e diminuição da comunicação.
Saúde Emocional e saúde auditiva
Sua vida emocional também pode estar em risco quando você negligencia sua saúde auditiva. Um estudo do Instituto Nacional de Surdez e Outros Distúrbios da Comunicação descobriu que onze por cento das pessoas com perda auditiva não tratada tinham depressão.
Outro estudo, dessa vez do Conselho Nacional de Envelhecimento, destacou que 2.300 adultos com mais de 50 anos e que sofrem com a deficiência auditiva aumentam o risco de ter depressão e ansiedade, pois estão menos propensos a participar de atividades sociais em comparação àqueles que usam aparelhos auditivos.
Conclusão: Acompanhe sua saúde auditiva com o médico
Como já mostramos, os ruídos em excesso, o envelhecimento, a exposição a ambientes ruidosos e, enfim, a genética são causas comuns para a perda auditiva. Não deixe de cuidar de si mesmo e procure um médico otorrinolaringologista para fazer um check up na sua saúde auditiva e ter a certeza de que tudo está bem mesmo.
O seu médico, ao fazer os exames, irá dar o diagnóstico e sugerir os tratamos disponíveis para cada caso e necessidade. Vale lembrar aqui que os aparelhos auditivos dos dias atuais estão bem desenvolvidos, logo é possível encontrar modelos que passam facilmente despercebidos. Eles são a garantia da manutenção de sua qualidade de vida com total discrição.
De acordo com o IBGE, 5,1% da população nacional possui algum grau de perda auditiva. E, como a dificuldade de ouvir pode levar à procrastinação física e mental, dê atenção à sua saúde auditiva, fazendo consultas periódicas com um médico especializado. Afinal sua audição também merece atenção, pois ouvir melhor aumenta a qualidade de vida.
Instagram | YouTube | Facebook