Coronavírus: cuidado redobrado com o uso de aparelhos auditivos
A pandemia de coronavírus trouxe diversas preocupações para os brasileiros. Por se tratar de uma situação pouco atípica, sobram dúvidas sobre o assunto, e os usuários de aparelhos auditivos tem questionado se devem ter algum cuidado adicional com seus aparelhos para evitar a contaminação.
Aparelhos auditivos podem ser contaminados pelo coronavírus?
Como o coronavírus pode se instalar em objetos, os aparelhos auditivos podem sim ser uma fonte de contágio, tendo em vista que as pessoas utilizam as mãos para colocá-lo e retirá-lo da orelha.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o maior risco de contaminação está nas mãos. As pessoas levam as mãos ao rosto muitas vezes ao dia e as esfrega nos olhos, nariz, boca e orelha e ao mesmo tempo, tocam o tempo todo em coisas que podem estar contaminadas já que o coronavírus, depois de expelido, principalmente, por espirro ou tosse, se instala nos ambientes e nos objetos.
Cuidados com os aparelhos auditivos
É verdade que os cuidados de higiene do aparelho auditivo devem fazer parte da rotina de quem os usa, porém, em tempos de coronavírus, essa atenção tem que ser redobrada. O bom senso pede que o usuário siga algumas recomendações básicas:
Limpeza diária
É fundamental limpar diariamente o seu aparelho auditivo seguindo a recomendação do fabricante para evitar qualquer tipo de contaminação. O importante é manter o aparelho sempre limpo e seco. Lembre-se de que seu aparelho auditivo é composto de várias partes, e que a maioria delas precisa de limpeza e cuidados regulares.
Uso de luvas
Quando for efetuar a higienização de seu dispositivo o ideal é a utilização de luvas descartáveis. Dessa maneira, o aparelho fica protegido contra o possível contágio pela mão contaminada.
Lavagem das mãos
Se você não tiver uma luva é obrigatório lavar as mãos antes de manusear o seu aparelho. Uma das principais recomendações da OMS é lavar as mãos regularmente durante 20 segundos com água e sabão ou limá-la com álcool em gel. Tanto o álcool quanto o sabão têm o poder de matar o vírus.
Mas essa lavagem deve ser mais cuidadosa, porque a tendência natural das pessoas é esfregar as duas mãos e só. Agora, é preciso incluir nesse processo a lavagem entre os dedos, do polegar e embaixo das unhas.
Mãos longe do rosto
Como forma geral, manter as mãos longe do rosto é importante para evitar o contágio e ao mesmo tempo impedir que o seu aparelho auditivo seja contaminado, porque em menor proporção as pessoas acabam colocando a mão na orelha, seja para coçar ou mesmo para ajustar o seu aparelho auditivo.
Grupo de risco
Em razão dos seus sintomas, os relatórios da OMS e do Ministério da Saúde apontam alguns grupos e faixas da população são mais suscetíveis à doença. Entre esses grupos estão:
- Idosos
- Diabéticos
- Hipertensos
- Quem tem insuficiência renal crônica
- Portadores de doença respiratória crônica
- Portadores de doença cardiovascular
- Porque os idosos são grupo de risco?
Médicos especialistas garantem que de um modo geral, os idosos, que é parte importante do grupo de pessoas que usam aparelhos auditivos, costumam ser mais vulneráveis a doenças infectocontagiosas, que é o caso do coronavírus. Assim, uma série de fatores colabora para que isso aconteça. Alguns deles são:
- O sistema imunológico dos idosos por razões naturais costuma ser deficiente;
- Há menos anticorpos no organismo;
- Pulmões e mucosas tornam-se mais frágeis e vulneráveis a doenças virais;
- Os idosos costumam engasgar e aspirar mais;
- Costumam levar mais a mão à boca;
- Vão aos hospitais com mais frequência.
Desse modo, é preciso que os idosos estejam com as vacinas em dia. O ideal é que o idoso ainda evite ficar parado sempre que possível. Ele deve se movimentar no limite de sua capacidade. Isso porque se infectado é natural o acumulo de secreção e estando parado, ele não consegue expelir o que causa um caldo que facilita a proliferação de bactérias.
Também é recomendável que a pessoa esteja com diabetes e doenças do coração controladas. E diminua, quando possível, as idas a hospitais, para evitar o contágio.
Informações gerais: de onde surgiu o novo coronavírus?
O coronavírus caracteriza-se por ser uma família de vírus que causam infecções respiratórias. Esse novo agente do coronavírus foi descoberto em dezembro de 2019 após casos registrados na China e causa uma doença chamada coronavírus (COVID-19).
Para mostrar que essa não é uma doença recente, os primeiros coronavírus que infectaram humanos aconteceu em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus.
Outra coisa extremamente importante é que embora não saibamos, a maioria das pessoas se infecta com o coronavírus ao longo da vida, isso mesmo! As gripes que temos naturalmente, por vezes se trata da família coronavírus.
Por que o coronavírus tem esse nome?
Existe uma explicação lógica em relação ao nome do coronavírus ou COVID-19. A denominação “corona” está diretamente ligada à coroa de espinhos que o compõe. Esses espinhos estão envolvidos por uma camada de gordura e sem ela o coronavírus não sobrevive.
Já para entendermos o nome COVID-19, não precisamos de muitas explicações. O nome é retirado das iniciais das palavras “corona”, “vírus” e “doença” e o 19 é relativo ao ano em que o problema se apresentou.
Como alguém “pega” o coronavírus?
O coronavírus é transmitido por saliva, espirro, tosse ou contato com as pessoas e objetos contaminados. A questão é que ao espirrar ou tossir as gotículas saem das vias aéreas e são depositadas em qualquer objeto e em qualquer ambiente.
Para evitar a contaminação por meio das gotículas, a recomendação das autoridades de saúde é ficar a pelo menos um metro e meio das pessoas.
No caso do contato a recomendação é tomar cuidado com as mãos principalmente, porque de um modo geral, ao contaminar as mãos e levá-la no rosto o indivíduo pode ser infectado.
Importante dizer que a transmissão viral ocorre apenas enquanto persistirem os sintomas. É possível a transmissão viral após não existirem mais sintomas, mas a duração do período de transmissão é desconhecida para o coronavírus. Durante o período de incubação e casos assintomáticos não são contagios
Como prevenir a contaminação?
Para evitar a contaminação pelo coronavírus alguns cuidados gerais devem ser tomados:
Lavagem das mãos
Já explicamos acima que essa é um cuidado mais do que necessário.
Distância social
Mantenha de um a dois metros de distância entre você e as pessoas que estão ao seu redor. Pelo menos momentaneamente, é recomendado evitar apertos de mãos, abraços e beijos. Cumprimente as pessoas de longe, com um aceno por exemplo.
Cubra boca e nariz
Caso você esteja com tosse ou espirrando cubra a boca com a dobra do cotovelo. Também é possível utilizar lenço ou guardanapo descartável. A questão é descartá-los imediatamente após a utilização. O correto é dobrar a parte utilizada para dentro, a fim de evitar que o vírus se espalhe.
Contato com pessoas doentes
É imprescindível evitar contato direto com pessoas que estejam doentes, pois o contágio é praticante certo. Se você precisa fazer algum contato com a pessoa infectada, faça uma ligação telefônica, envie um email ou um whatsapp.
Ficar em casa
Se você está com suspeita de coronavírus, ou mesmo está com coronavírus, não saia de casa. Mantenha a quarentena recomendada pelos agentes de saúde.
Limpeza de objetos e superfícies
Do mesmo modo que as mãos devem estar sempre higienizadas, o mesmo vale para objetos e superfícies tocadas com frequência.
Utilização de máscaras cirúrgicas
As máscaras cirúrgicas devem ser utilizadas tão somente se a pessoa estiver apresentando os sintomas do coronavírus. Caso você não tenha nenhum tipo de sintoma e esteja em dia com a saúde, não é recomendado o uso de máscaras.
A razão dessa desrecomendação é que o modelo de máscara utilizado em hospitais é diferente do que a maioria das pessoas utiliza nas ruas, pois as máscaras normais não foram projetadas para bloquear partículas de um tamanho específico, o que inclui os vírus.
Outro problema com as máscaras “de farmácia” é que elas não ficam ficam ajustadas ao rosto do indivíduo, e com isso o ar entra facilmente no espaço entre a máscara e a pele.
De maneira simples, as máscaras comercializadas fornecem proteção adicional para evitar que as gotículas de fluídos corporais, como as produzidas por um espirro ou tosse não entrem em contato com outro indivíduo.
As máscaras em sua origem foram desenvolvidas para proteger outras pessoas de seu próprio germe. É por isso, que pacientes com suspeita de coronavírus, que procuram ajuda médica, são orientados a utilizarem máscaras durante o período em que aguardam na sala de espera, evitando assim, a troca de vírus com outras pessoas também doentes.
Quais são os sintomas do coronavírus?
Os sintomas do coronavírus se assemelham aos de uma gripe comum. De um modo geral, estamos falando de febre permanente, tosse seca, cansaço, dificuldade para respirar, dores no corpo, congestão nasal, coriza, dor de garganta. Há pessoas que ainda podem apresentar quadros de diarreia ou ainda infecção do trato respiratório inferior, como nas pneumonias.
Período de incubação
O período médio de incubação do vírus é de cinco dias, com intervalos que podem chegar a 12 dias.
Como é feito o tratamento?
Embora altamente contagioso, o tratamento do coronavírus vai depender do grau de gravidade. De um modo geral é indicado repouso e consumo de bastante água. Nos casos mais graves, para aliviar os sintomas é recomendado o uso de medicamentos para dor e febre, que são os antitérmicos e analgésicos e uso de umidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garganta e tosse.
Quando procurar ajuda médica?
As autoridades de saúde no Brasil são claras em afirmar que a pessoa que esteja doente e achando que possa estar infectado com o coronavírus, só deve procurar um hospital quando estiver, principalmente, com insuficiência respiratória. Caso contrário deve permanecer em quarentena em sua residência e esperar para ver se os sintomas diminuem.
Essa recomendação é importante porque alguém que considere estar com coronavírus e vá ao hospital buscar atendimento, vai encontrar com outras pessoas doentes, que estão imunodeprimidas por outras razões, e assim, a probabilidade de contágio é maior.
O que os especialistas recomendam é a necessidade de uma mudança de mentalidade na hora de procurar um serviço de saúde. Desse modo asseguram que uma pessoa que esteja com a garganta doendo ou mesmo o nariz escorrendo, não deve se dirigir ao hospital porque lá é local de pessoas com doenças graves.
Em 80% das pessoas infectadas, os sintomas do coronavírus são leves e se assemelham a uma gripe normal. Para esses casos, os pacientes receberão a orientação para permanecerem em suas residências, com acompanhamento médico. Na maioria desses casos são prescritos antitérmicos e analgésicos para que se possa controlar os sintomas, além da gestão de água e repouso.
Nos casos de maior gravidade, que são aqueles em que o paciente apresenta falta de ar importante e constante, devem ser encaminhados para os hospitais de referência para isolamento e tratamento.
Como é feito o diagnóstico do coronavírus?
Para diagnosticar a presença do coronavírus no organismo, é feito a coleta de duas amostras de material que é enviado em caráter de urgência para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Ao receber o material, uma amostra é enviada ao Centro Nacional de Influenza (NIC) e outra amostra vai para análise de metagenômica. Isso acontece porque é necessário confirmar a doença por meio de exames de biologia molecular.
Não acredite em tudo que lê
O coronavírus também se combate com informação. Quanto mais as pessoas souberem sobre os cuidados que deve tomar menor a probabilidade de contaminação. No entanto, muita notícia falsa tem tomado conta, principalmente da internet.
Tem circulado informações como “água e chá quente mata o coronavírus”, “coronavírus fica vivo por nove dias”, “receita de coco que cura coronavírus”. Tudo mentira.
Para combater essa onda de fake news, o Ministério da Saúde está disponibilizando um número de WhatsApp para o envio de mensagens da população. É um espaço criado exclusivamente para que os técnicos do ministério possam receber essas informações virais e responder de maneira oficial se a informação é verdadeira ou falsa.
Qualquer cidadão pode enviar de maneira gratuita mensagens com imagens ou textos que tenha recebido pelas redes sociais para verificar se a informação procede antes de compartilhar com amigos e parentes. O número é (61) 99289-4640.
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