Audiometria: O que é, como funciona e quando fazer
Qualquer um, independentemente da idade, pode sofrer com a perda da audição. Segundo o IBGE (Índice Brasileiro de Geografia e Estatística) no Brasil existem quase dez milhões de pessoas com alguma deficiência auditiva. Assim, uma das maneiras de descobrir se você possui algum grau dessa deficiência é fazendo a audiometria.
O exame de audiometria é realizado a fim de conhecer melhor a condição de suas funções auditivas.
E, como cuidar da sua capacidade auditiva é fundamental, sempre que notar qualquer dificuldade na captação de sons, procure um profissional especializado para esse exame. Além disso, principalmente para pacientes de idade avançada, a audiometria deve ser um teste de rotina para prevenir qualquer problema de audição mais grave.
Quer saber mais como funciona a audiometria? Não perca nada nesse artigo e saiba quando e como você deve procurar um fonoaudiólogo.
Quando a audiometria deve ser realizada?
Como já dissemos, a audiometria pode ser realizada tanto como um exame de rotina quanto para diagnosticar o surgimento de alguma deficiência auditiva.
Pessoas que estão frequentemente expostas a sons altos podem ter alguma complicação auditiva mais acentuada. Sons acima de 85 decibéis, por exemplo, costumam dificultar a audição. Então, se você está constantemente em shows, trabalha próximo a máquinas barulhentas ou qualquer outra situação que o exponha a altos ruídos, busque fazer a audiometria periodicamente.
Já em casos de suspeita de perda auditiva neurossensorial você deve procurar um especialista imediatamente. Esses casos costumam gerar danos permanentes.
Ainda vale lembrar que perda auditiva neurossensorial pode ocorrer pelo envelhecimento das células da cóclea (parte do ouvido que emite as vibrações para o cérebro) ou lesões nos nervos responsáveis pela captação de sons.
Portanto, ao buscar um profissional para a realização do teste, é imprescindível informá-lo sobre possíveis traumas, casos na família ou exposições sonoras. Mas, pensando em auxiliá-lo nessa etapa, separamos algumas situações que ocasionam a perda auditiva:
- Problemas de nascença;
- Histórico familiar;
- Uso exagerado de medicamento;
- Exposição a altos ruídos;
- Infecções no ouvido;
- Dano no ouvido;
- Ruptura do tímpano;
- Fatores psicológicos também devem ser considerados ao fazer a audiometria.
Quais os tipos de audiometria?
Agora você já sabe quando deve procurar um fonoaudiólogo, mas ainda não conhece os dois tipos de audiometria, veja como funciona cada um deles:
Audiometria Tonal
A audiometria tonal avalia o estado das funções auditivas do paciente. Para tanto o exame avalia o limiar auditivo (nível mínimo de estímulo para a percepção do som) em variadas frequências, geralmente de 125 a 8000 Hz.
Esse é um exame que depende das respostas do paciente, portanto, com os resultados obtidos, o especialista deverá identificar se há perda auditiva, bem como o nível dela.
Audiometria Vocal
A logoaudiometria ou audiometria vocal, assim como o primeiro, também é de extrema importância para o diagnóstico. Ele indica o índice de percepção da fala, isto é, o exame tem por objetivo analisar o quanto o paciente entende a fala do examinador.
Muitas pessoas reclamam que “ouvem, mas não entendem”, isso ocorre porque elas recebem os estímulos vocais, contudo há falha nos neurônios que ajudam na compreensão da fala. Nesses casos, o teste deve ser feito o quanto antes para que a parte do cérebro responsável pela audição não fique “atrofiada”, pois só assim o paciente passa aproveitar o melhor da performance dos aparelhos auditivos.
A audiometria exige preparo prévio?
A audiometria é um exame sem riscos, assim a única recomendação para fazê-lo é manter-se por 14 horas em repouso acústico, ou seja, sem se expor em ambientes com altos ruídos. Além disso, como o resultado do exame depende da percepção do paciente, estar bem descansado também é um fator importante.
Como é realizado a audiometria?
A audiometria é simples e indolor, contudo deve ser realizada por um fonoaudiólogo capacitado. Para a realização desse exame é necessário um audiômetro (aparelho que emite sons via fone de ouvido) e uma cabine acústica, a qual impede qualquer barulho externo que possa prejudicar o resultado do teste.
O paciente que será examinado através da audiometria ficará cerca de 30 minutos dentro da cabine acústica recebendo estímulos sonoro em cada um dos ouvidos.
Na audiometria tonal, para medir a capacidade auditiva, o paciente é orientado a responder, levantando a mão, toda vez que o som emitido for audível. Já na logoaudiometria a pessoa que estiver na cabine deverá repetir a fala do examinador para que seja definido o nível de compreensão.
No entanto, vale lembrar que em crianças de até quatro anos o método para a captura de resultados deve ser diferente. Nesses casos, a percepção do reflexo do paciente ou a oferta de “recompensas visuais” (desenhos, animações, etc.), para que criança aperte um botão toda vez que o som for audível, são algumas das maneiras utilizadas.
Assim, após realizado o exame, o médico terá em mãos os resultados, medidos em decibéis (-10 a 120). Veja a escala abaixo:
Até 25 decibéis: Sem problemas auditivos
26 a 40 decibéis: Perda auditiva leve
41 a 50 decibéis: Perda auditiva moderada
56 a 70 decibéis: Perda auditiva moderadamente severa
71 a 90 decibéis: Perda auditiva severa
91 a 120 decibéis: Perda auditiva profunda
E após à audiometria?
Algumas situações, além da audiometria, são exigidos outros exames. A imitanciometria, emissões otoacústicas ou até tomografia do crânio podem facilitar o diagnóstico. Então, só após chegar a uma conclusão, o seu médico irá sugerir medidas preventivas, como tampões, ou medidas corretivas, como usar um aparelho auditivo.
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